Rastreando aves migratórias

Em janeiro eu postei aqui uma observação do Tringa flavipes, uma ave migratória do Hemisfério Norte que encontrei perambulando aqui em MG. Ainda sobre o tema aves migratórias, vale ler este artigo do New York Times publicado há poucos dias sobre o uso de geolocalizadores no rastreamento de aves migratórias. O texto contém informações bem interessantes para quem quiser saber um pouco mais sobre os hábitos dessas aves migratórias de longa distância.

Aproveito para reproduzir abaixo algumas curiosidades descritas nesse artigo, nas palavras do colega Antônio Mário Magalhães do grupo Birdwatching Brasil:

"- o bar-tailed godwit (fuselo, Limosa Lapponica) tem o mais longo voo 
non-stop jamais registrado: 11.400km (!) em nove dias (!!); isso foi
obtido com transmissores por satélite.

- para comparação, numa maratona como o Tour de France, de cliclismo,
o metabolismo humano aumenta em cinco vezes; o do fuselo aumenta de 8
a 10 vezes. Detalhe: ao invés de comida e descanso, à noite o fuselo
voa sem parar a 60 km/h.

- um outro tipo de aparelho para seguir a ave é o geolocator, ou
geolocalizador, que pesa só meia grama (!); eles não se comunicam por
satélite mas registram níveis de luz. Por software, pode-se tentar,
pelos dados armazenados no aparelho, saber os locais de passagem do
pássaro baseado no nascer e por-do-sol.

- usando geolocalizadores, verificou-se que a andorinha-do-mar-ártica
(artic tern, Sterna paradisaea), no total, pode percorrer quase 80.000
km (!), ao longo de vários meses. É a maior migração já registrada. Ao
longo dos 30 anos de vida, ela poderia migrar em torno de mais de 2
milhões de km, aproximadamente uma viagem de ida e volta à Lua - 3 
vezes..."

1 comentário(s):

  1. NOSSA!!! =O
    Impressionante!!!
    E... Nossa... Como eu sou preguiçosa!! ¬¬
    kkkk... Sem comentários!!
    Te amo!
    Bjos.